domingo, 1 de fevereiro de 2009

Obama o Mártir?

No passado dia 20 de Janeiro de 2009, Barack Obama tomou posse do cargo mais influente e responsável do mundo. O democrata ganhara as eleições fundamentando-se numa mensagem de esperança para os americanos e para o resto do mundo, que estavam desgastados com o trabalho do seu antecedente, George W Bush.
O novo presidente dos Estados Unidos da América durante a sua caminhada para a presidência, mencionou várias medidas profundas que iria colocar em prática se chegasse ao poder. Muitas das suas propostas são claramente contraditórias à política praticada na terra das oportunidades. Falo do Protocolo de Quioto, o qual não foi assinado por George W Bush, defendendo que a criação de alternativas que reduziriam a emissão de gases promotores do efeito de estufa, iria causar consequências gravíssimas na economia americana. Partindo do princípio que a América é regida pelas empresas, Obama se conseguir ir para a frente com a sua preocupação ambiental, não será seguramente acarinhado pelos grandes investidores do seu país, que logicamente não querem ver seus lucros reduzidos.
A Prisão de Guantánamo, que por sua vez foi alvo de duras críticas por parte de governos como de organizações humanitárias internacionais, prevê-se o seu encerramento no prazo máximo de um ano. Esta foi a primeira ordem de Obama quando adquiriu o poder executivo. Desde Janeiro de 2002 esta prisão recebeu 775 prisioneiros que eram acusados de ligação a grupos Taliban e Al-Quaeda. Segundo a Cruz Vermelha Internacional, muitos penitenciários para além de não terem direito a um julgamento, foram vítimas de tortura em desrespeito aos direitos humanos e à Convenção de Genebra.

As intenções de Obama aparentam ser as mais sinceras e nota-se evidentemente o intuito de limpar a imagem da América egoísta e arrogante. Num país em que nomes como Martin Luther King e John Fitzgerald Kennedy, tentaram lutar pela união dos povos num século de enormes mudanças e acabaram assassinados, Obama surge no sec.XXI como grande admirador destas personalidades que ficaram na história. Neste novo século, todos têm a noção das consequências que causaram as divergências do passado, os problemas porém podem ser outros mas a ganância de muitos continua igual.
As expectativas sobre este novo ciclo são muito altas, a pressão sobre o novo presidente é enorme. Será que Obama vai continuar a alimentar a esperança dos Estados Unidos e de todo o mundo para uma paz e tranquilidade global? Ou por outro lado, não irá aguentar o ambiente capitalista e será controlado pelos verdadeiros Manda-Chuva, contentando-se apenas pela conquista de ser o primeiro presidente afro-americano dos E.U.A.?

Não nos enganes, Barack Obama.


4 comentários:

  1. A razão fundamental para o meu apoio a Obama durante toda a campanha para as eleições americanas que segui com alguma expectativa, não era questão de ele ser branco ou negro, foi sempre sem dúvida a sua politica claramente demarcada das admnistrações anteriores. Os meus interesses e preocupações durante a campanha norte-americana centravam-se na economia e na politica externa que cada candidato iria adoptar. Eu acredito que foi feita história com esta eleição, porque acredito que a grande batalha de Obama será a mudança de mentalidades. E mudar mentalidades não é coisa fácil e não pode ser conseguida através de "mind games", mas parece-me que Obama sempre percebeu isso na perfeição, desde o inicio da sua candidatura quando até para ser o representante dos democratas era o que aparecia em último nas sondagens, mas Obama sobre dar a volta por cima e a máquina politica á sua volta funcionou ás mil maravilhas. Obama e a sua admnistração prometem uma politica mais tolerante, cooperativa e ponderada do que a se verificava na admnistração Bush. E são essas as suas grandes armas. Agora se ele será capaz de cumprir grande parte das suas promessas sem ceder as expressões externas ninguém sabe, mas quem conhece o seu passado como senador e até antes de ser senador, sabe que Obama é um homem de fortes ideais e que não hipoteca os mesmos. E o mundo já vê com grande satisfação o encerramento de Guantanamo, as retiradas militares do médio oriente.. Agora espera-se que as posições norte-americanas na ONU se tornem menos egoistas, que a presidência norte-americana se distancie da politica externa do governo israelita, que coopere mais com as outras super-potências mundiais para descobrirem as melhores soluções para a economia, que tomem atitudes firmes na áfrica subsariana, e que os E.U.A voltem a ser o farol do mundo.. ass: bruno garcia

    ResponderExcluir
  2. Foram precisos dois mandatos do cowboy Bush para os americanos se fartarem de republicanos. Vá lá, eu até os percebo. Afinal, em que é que aquelas mentes brilhantes pensavam? Eu sei! Eles queriam uma pessoa hilariante ao comando da nação (como se costuma dizer: "alegria no trabalho, rendimento a dobrar"). E assim foi. Calinada atrás de calinada, sapato atrás de sapato, o cowboy continuou na sua garraiada, até que… aparece alguém que luta melhor com palavras que com armas.
    Ei-lo! Barak Obama, o salvador! A esperança depositada nele foi de tal forma elevada que a queda poderá ser grande. Digo isto porque o governo não é constituído apenas uma pessoa. Tem uma equipa e um porta-voz para dar a cara. Portanto, para mim, Obama, como qualquer outro primeiro-ministro, é principalmente um porta-voz. Ele anunciou toda uma política, mas até estar no poder, não passou de publicidade. Tal como nos actuais anúncios televisivos que contêm as letras super pequenas que passam em rodapé a “mil à hora” para ninguém as ver, a aplicação das apregoadas mudanças também têm o seu "quê" de alíneas minúsculas. Mas como tudo na vida tem o seu “senão”, e nada é perfeito, na minha opinião, o mundo está muito mais bem liderado do que no passado recente. Acho que não nos vai enganar, porque aliás, já fez questão de amortizar o impacto dos possíveis incumprimentos de promessas. Quanto a ser assassinado, acho que será complicado. Pelo menos enquanto estiver no seu carro (se é que posso chamar carro). Aquilo é um autêntico tanque de guerra! Tem protecção para ataques biológicos, é à prova de bala, lança canhões de gás. Enfim, se tal tiver de acontecer, desejo que, pelo menos, a política ambiental americana seja alterada a tempo.
    Mais um bom post, André!

    Cumprimentos,
    André Capitão.

    ResponderExcluir
  3. Se o Obama será o que se espera dele é algo que teremos de esperar para ver. Pessoalmente não acredito que o Obama traga a diferença, não que eu seja pessimista, muito pelo contrário, apenas não acredito que o cavaleiro andante apareça da forma que Obama apareceu, mas como ja disse isto é algo que precisamos de esperar para ver, pode ser que eu esteja enganado ou pode ser que não...


    a mim ele é capaz de me enganar

    ResponderExcluir
  4. Como alguém disse um dia "a américa tem o muito bom, e o muito mau". Há que saber tirar o melhor proveito disso, em prol de um mundo melhor. Obama é uma lambada na tromba dos racistas, uma lufada de ar fresco a nível de política externa e, acima de tudo, uma esperança, um acreditar. Todos nós já pensámos que se estivessemos no poder iríamos fazer tudo o que os outros não fazem, e Barack Obama mostrou-nos que afinal isso poderá mesmo ser possível. "NÃO À GUERRA" - retirada das tropas americanas / "NÃO À TORTURA" - encerramento de Guantánamo ETC ETC ETC. Tudo isto apenas para concluir que, na minha opinião, o melhor savoir faire do novo USA president foi a forma como ele conseguiu que o povo se identificasse nele - YES, WE CAN.

    Que não te dêm um tiro nos cornos, meu filho.

    hasta culpadissimo,
    pipa

    ResponderExcluir